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Cova d'oiro

... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego. Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira

Cova d'oiro

... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego. Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira

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Mar Maior

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Excelente documentário da RTP.
História da pesca de bacalhau à linha.
Um pescador só num lenho leve e lasso a que chamavam dori.
Verdadeira epopeia marítima nos mares do atlântico norte protagonizada por heróis pescadores portugueses.
Parabéns a Rui Bela e a Senos Fonseca pela surpreendente e realista forma de apresentar a vida a bordo de um lugre bacalhoeiro:
Na perspectiva do capitão, do pescador, escalador, salgador, troteiro, marinheiro, do cozinheiro e, também, não menos importante, a perspectiva do anfitrião canadiano do porto de S. John's, onde se abrigavam das intempéries súbitas.

16 anos de idade, moço e pescador

Poema, em memória e honra dos meninos que, aos 16 anos de idade, pela mão de seus pais e avós, embarcavam para o bacalhau.

16 anos de idade, moço e pescador

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Tanto mar, tanto ar, tanto medo
Tanto frio, tanto nada, tanto gelo!

O que é que faço aqui?

Neste norte branco, neste vento.
Neste mundo, branca névoa.

Nesta bruma,
Nesta escuna
Neste bote, neste dóri.
Madeiro leve e lasso.

Nestas ondas deste mar
Do norte frio e de morte.
O que é que eu faço,
Que é que eu faço?

Quero fugir!

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Fugir da ditadura
Da surriada, do trole, bacalhau
Da isca, da linha, zagaia e pingalim.
Este gelo corta como aço
Que tanto tortura, tanto dura.
O que é que eu faço,
Que é que eu faço?

O que é que faço aqui?
Neste norte branco, neste vento.
Neste mundo, branca névoa

Nesta bruma,
Nesta escuna
Neste bote, neste dóri
Madeiro, leve e lasso.
Nestas ondas deste mar
Do norte frio e de morte.
O que é que eu faço,
Que é que eu faço?

João Pita.

Negrume de fogo

Negrume de fogo

Pairam vampiros negros, alados
Rolam negrumes de cinza em desnorte.
Línguas, labaredas, troncos tisnados.
Chiam arrepiantes leteias serpentes
Escarnindo uivos de anunciada morte.
Preces de angústia, impotente agonia.

Do limbo negro do telúrico inferno
Tisnados emergem, arrastando o caminhar
Anjos da paz de vermelho e negro vestidos.
Ombros caídos, ansioso e lívido olhar
Lágrimas secas cavam nas rugas leito,
Arfando angústia em dorido peito.

… pó da terra.
País sem norte!

Globalização de fogo ávido de ter
Devora queima, assa, mata e torra.
Monstro acéfalo e disforme.
Utopia, precisa-se!!!
Volte o verde, azul e fresco
Volte o Homem e a Natureza

(Outubro negro, 2017)
JPita

Diabo na Cruz - Malhão 3.0

Para continuar a ver carregue aqui: https://www.facebook.com/jmppita/posts/pfbid02g1DPV24mBqdajtBNiaYLQq5LxPHxHkLaXtuEgHLsPo7PpKK4SRbjs8mgktowqwDml

MALHÃO 3.0
"Põe a grade bem no cimo da geleira O cadeado no cofre de madeira E vem dançar Vai começar Deita em água uma mão de feijão verde Pimentão, salsa e louro no borrego Deixa a apurar E põe-te a andar Se compravas, põe à venda Se arrendavas, sub-arrenda Flash em off Posta a foto Faz negócio E anda lá daí pra fora Chegou a hora Já não há saco p’ra tensões Peritos, magos e vilões Toda a gente A ver se mete O alfinete Em forma de comentário Incendiário Olha as luzes na praça E a populaça Toda em pulgas p’ra cantar Vem comprovar Ver para crer Bailar até cair pró lado Esquece o jantar ‘Bora a correr Hoje a festa é do Diabo E meio gás não serve Só calor e entrega em noites ávidas Rebelião de febre Bombos, suor e lágrimas Traz a avó, a cunhada e o gaiato Deixa o shot de aventuras para o chato Que quis faltar Pode ajudar Toca a andar, pernas para que te quero Burricada, Malhão 3.0 É aguentar E vira o par O Circo lá esgotou O bom senso extraviou A solução É onda de invasão Da Galiza ao Sotavento Repovoamento! E não é que pelos vistos Vem aí o apocalipse Tu queres ver Que chatice Não há realista Que ature a realidade Haja piedade! Olha as luzes na praça E a populaça Toda em pulgas p’a cantar Vem comprovar Ver para crer Bailar até cair pró lado Esquece o jantar ‘Bora a correr Hoje a festa é do Diabo E meio gás não serve Só calor e entrega em noites ávidas Rebelião de febre Bombos, suor e lágrimas."
Não, não é erro. Decifra!

Human Tower

No filme da humanidade ninguem lá vai sozinho.
Um por todos todos por um.

HUMAN's Musics - A film by Yann Arthus-Bertrand / Composed by Armand Amar
Castells - Human Tower Spain
Orchestra The City of Pague Philarmonic
Piano: Julien Carton

O Calão no Linguajar dos Ilhos

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Um enorme abraço de gratidão por esta prenda, amigo Senos Fonseca.
Prometo embrenhar-me, enlear-me neste seu livro que tanto, a nós covagalenses, também, diz.
Permita que lhe ofereça um pequeno poema, em memória dos meninos que, aos 16 anos de idade, pela mão de seus pais e avós, embarcavam para o bacalhau.
 
16 anos de idade, moço e pescador
 
Tanto mar, tanto ar, tanto medo
Tanto frio, tanto nada, tanto gelo!
O que é que faço aqui?
Neste norte branco, neste vento.
Neste mundo, branca névoa.
Nesta bruma,
Nesta escuna
Neste bote, neste dóri.
Madeiro leve e lasso.
Nestas ondas deste mar
Do norte frio e de morte.
O que é que eu faço,
Que é que eu faço?
Quero fugir!
Fugir da ditadura
Da surriada, do trole, bacalhau
Da isca, da linha, zagaia e pingalim.
Este gelo corta como aço
Que tanto tortura, tanto dura.
O que é que eu faço,
Que é que eu faço?
O que é que faço aqui?
Neste norte branco, neste vento.
Neste mundo, branca névoa
Nesta bruma,
Nesta escuna
Neste bote, neste dóri
Madeiro, leve e lasso.
Nestas ondas deste mar
Do norte frio e de morte.
O que é que eu faço,
Que é que eu faço?

Caminho comunitário

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Caminho comunitário calcorreado por séculos de passos de gente e dos tempos.
Vem do tempo da fundação e tão antigo é que se confunde com o inicio de nós, sim, nós do colectivo e da comuna onde o eu singular cabe, mas não impera.
Aqui não mora o eu, je, I, io, mi proclamativo oco e vazio.
Aqui mora o nós já vivido, o nós que passa e o outro nós que por aqui passará.
A natureza disso dá testemunho entrelaçando, qual abraço, o trabalho do homem comum bordado em rude burel austero, verdadeiro.

Guilherme Piló - Homens sem Coração.

Programa Cristina Convida na TVI em 21 de Outubro de 2021.
Sei que corro o risco de ser castigado por violação de direitos de autor ao gravar e divulgar este vídeo.
Ele pertence, repito, à TVI, mas o prazer, a emoção e o respeito que merece este testemunho de Guilherme Piló, autor do livro “Homens sem coração”, supera o risco, o receio e é muito maior que o usufruto de qualquer rede social.

Andorinhas - Ana Moura

 

Passo os meus dias em longas filas

Em aldeias, vilas e cidades

As andorinhas é que são rainhas

A voar as linhas da liberdade

Eu quero tirar os pés do chão

Quero voar daqui p'ra fora e ir embora de avião

E só voltar um dia

Vou pôr a mala no porão

Saborear a primavera numa espera e na estação

Um dia disse uma andorinha

Filha, o mundo gira, usa a brisa a teu favor

A vida diz mentiras

Mas o sol avisa antes de se pôr

Eu quero tirar os pés do chão

Quero voar daqui p'ra fora e ir embora de avião

E só voltar um dia

Vou pôr a mala no porão

Saborear a primavera numa espera e na estação

Já a minha mãe dizia

Solta as asas, volta as costas

Sê forte, avança p'ra o mar

Sobe encostas, faz apostas

Na sorte e não no azar

 

Impact

A erosão costeira a sul da foz do rio Mondego e o enorme impacto que vai tendo na vida e bens das pessoas que vivem junto ao mar na povoação Cova-Gala.

.... .- ...- . / -- . .-. -.-. -.-- Have Mercy

A erosão costeira a sul da foz do rio mondego.
Três meses depois, passado que foi o período mais intenso e rigoroso do inverno, o problema gigantesco com que nos deparamos há décadas, piorou.
Piorou e muito, pois o mar continua na sua função reguladora ambiental planetária.
O degelo continua, aliás, agrava-se a cada dia que passa e o planeta continua impávido a respirar a sua própria natureza e a viver a seu ritmo que não tem nada a haver com o nosso, minorcas parasitas que vivemos a ele alapados.
Pois, falemos da poluição, sim, falemos e falemos também das obras locais reguladoras do desaguar das águas do Mondego e -  parasitas que somos - sem levar em atenção o que a natureza determina.
Sim, falemos da inépcia e, também, do serôdio e aviltante aproveitamento politico de oportunistas de ocasião, que tudo e todos põem em causa (menos, claro, a família e amigalhaços) e erguem canetas e dedos acusadores, quais juízes déspotas e prepotentes donos de todas as verdades tidas como absolutas.
Ok, falemos, ainda, dos pseudo engenheiros, doutores e tecnócratas de variada índole e valência técnica, que tudo sabem e para tudo têm solução e remédio. Eles são os paredões verticais, eles são os quebra-mares paralelos à costa submersos ou não, eles são os diversos tipos de by-pass de areias, eles são isto aquilo e aqueloutro.
Ah!
Ia-me esquecendo dos que tecem meças e lutas de alecrim e mangerona, erguendo argumentos de que encontraram a solução primeiro que tu, eu, ele e todos os outros. Parecem meninos a comparar e medir; a minha é maior que a tua... ou, a minha foi primeiro que a tua.
Ah!
E, depois, ainda, os políticos emergentes, quais salvadores da pátria, armados em "portugueses de bem" a lançar medidas de salvação nacional como se, à sua volta, não vivesse ninguém que fosse legítimo dono de alguns neurónios funcionais. Eles aparecem dissimulados de cidadãos interessados e comprometidos com causas e métodos tidos por "de elite" e que deve agradar a todos os demais da populaça tida como amorfa e acomodada.
Pasmem, ó minha gente, (que não são os "portugueses de bem") é como se o mundo tivesse começado a existir somente após a sua chegada e, o mais grave, é que eles acreditam mesmo nisso.
Falta falar nos figueirinhas que, há seculos, pensam que a Figueira vive à volta do casino e bairro novo e que o rio divide.
Acordem! Pensem na culpa que vos cabe por a Figueira continuar na sua triste condição de aldeia circundada por um imenso triângulo de cidades vivas e pujantes. 


Caravela Sagres St MManuela e Creoula

João Pita

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