Esta herança, tu sabes, amigo
... a um soneto de um amigo
Recolhido em meu pensamento
Eu, para aqui, na tasca da “Hesbolina”,
Descansando à sombra de um belo momento,
Degusto a ébria e rubra essência “tanina”.
Percorro esse teu belo soneto, amigo,
Ode de amor à terra que é a tua.
Hino de glória a este povo antigo
E à aventura que tem sido a vida sua.
Sorrio e ergo meu copo, neste momento
Vislumbro-o, como que por um postigo,
E nem por um segundo eu lamento.
Esta herança, tu sabes, amigo,
Vem de trás, do mar, do sal e do vento,
Levá-la-ei para sempre comigo.
06.08.26