O ser emocional ...
Há muito, há muito tempo é sabido que o que nos distingue do resto dos animais é a capacidade de sentir e comunicar com os outros transmitindo e irradiando emoções.
Essa capacidade inigualável de emocionar e emocionarmo-nos faz com que, entre outros, nutramos sentimentos de preocupação e proteção para com todos os outros animais.
Normalmente a emoção é empática e bidirecional; flui dos outros para nós e irradia de nós para os outros através do olhar, da palavra, de gestos, do riso e do choro.
Se as circunstâncias de vida me obrigarem a escolher entre um ser emocional que ri e que chora e um outro, frio e racional, que despreze e ridicularize a expressão de emoções, estarei sempre ao lado do ser humano que permite que a emoção irradie em riso ou em choro consoante os sentimentos que lhe povoem a alma.
Porque este representar-se-á sempre a si mesmo e entenderá empáticamente os sentimentos dos outros, seus semelhantes.
Viverá sempre atendendo e entendendo o outro como alguém que também sente, tem vida e sentimentos.
Este ser emocional terá a prioridade de considerar os outros e neles se reverá.
...
O outro, o frio, o racional e interesseiro, o que entende o expressar de emoções como sentimentos menores e inferiores, esse terá sempre o umbigo como centro de si e do seu universo.
Desprezará os outros e não lhes reconhecerá capacidade de sentir.
Por isso quem despreza e ridiculariza o expressar de sentimentos genuínos como são o riso ou o choro, das duas uma, ou tem uma qualquer freudiana inibição de carácter que a área da psicologia explicará na perfeição,
ou então ...
... não passa de um mero animal egocentrado e insensível com enorme propensão para se aviltar.