Ser ou não ser
Nas límbicas brumas do pensamento
Algo brilhante, longínquo
Viaja na fronteira da Psique.
Ilumina fraca mas persistente
As memórias, o consciente e o ser
Em luta para esquecer...
Ser
O ser que é
Foi pugna ganha
Mas inglória.
Sim!
O que ganhou em ser
O ser que é
O atormenta.
Sopro fraco,
Sem força, sem valor.
Tenta caldear
A chama da emoção
E a gélida razão.
Vã luta, Homem!
A chama da emoção,
Onda de encontro ao rochedo,
Como ela, traz sempre o ser que é
Lutando para o não ser!
Obstinado,
Trava duelo com a voz do seu eu.
Teimosamente
Ignora
Que enquanto essa luta persistir
O ser
É sempre o ser que é
E nunca
O ser que quer ser!