... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego.
Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira
... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego.
Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira
As imagens seguintes são partilhadas com um pedido de esforço de atenção para o que, há algum tempo, foi tratado aqui, aqui e, também aqui.
O jovem e bonito casal caminhava a bom ritmo ... mas pela via de rodagem com as viaturas a circularem em aproximação pelas suas costas.
Foi então que entabulámos o seguinte diálogo:
- Bom dia! - digo eu sorrindo e mostrando a máquina fotográfica.
- Bom dia! - respondem-me algo intrigados, suados, mas simpáticos e bem dispostos.
- Como devem ter reparado acabei de lhes tirar duas ou três fotos.- e, apontando para a faixa de rodagem, continuei:
- Deu para notar que caminhavam em plena faixa de rodagem e estas fotos, se me derem a devida autorização, servirão para tentar sensibizar quem de direito para a situação anómala de esta ponte não ter a devida continuidade de mobilidade, em segurança para peões e caminhantes como vós.
Respondem-me prontamente e acenando afirmativamente:
- Esteja à vontade, achamos muito bem! - e, olhando um para o outro cúmplices, continuam:
- Lá atrás, antes de chegarmos à ponte grande, informaram-nos para caminharmos pela direita por causa da ligação à ponte nova e às rotundas.
- Achámos estranho, mas seguimos o conselho. Agora já começamos a entender - é que não há passeios.
- Pois é, - disse eu - se fossem pela esquerda como recomendam as regras do pedoneio, ainda seria pior. - e, apontando para o outro lado da estrada, continuo;
- Por aquele lado não teriam passeios, nem antes nem depois da ponte dos arcos e, lá adiante, teriam que galgar as baias e atravessar a via de rodagem, que seria deveras perigoso.
Olham à volta, assentindo e sorrindo respondem.
- Pois é, ... são as obras que temos, paciência.
- Desculpem esta interrupção do vosso ritmo de caminhada. - digo eu afastando-me um pouco para que retomássem a marcha.
- Boa caminhada e aproveitem bem que está um dia esplendido!
- Obrigado, - respondem quase em uníssono.
E retomam a sua caminhada.
Olha!!!
Afinal tiveram, na mesma, de galgar as baias de protecção.
Ele, que tem a perna mais longa ... porque, ela, mais pequenina, lá continua a caminhar sem protecção.
E os peregrinos, Senhor(presidente), porque lhe dais tanta dor ?
Ninguém duvida que a nova ponte dos arcos se apresenta funcional e capaz de contribuir para um rápido escoamento do tráfego rodoviário. (assim as rotundas ajudem...)
E está bonita, a dita.
Elegante no seu porte esguio de tabuleiro lançado, inovador e engalanada por rubros férreos arcos altaneiros.
Gosto dela, sim senhor!
Apesar das saudades da velhinha que até se dava ao desplante de permitir que alguns, mais afoitos e atrevidos, do alto dos seus arcos lançando-se em belos e atléticos saltos, mergulhassem nas águas do rio.
Mas deixemo-nos agora disto e vamos ao que interessa.
Esta ponte, assim como a outra, foi construida para permitir a passagem de peões, (transeuntes, desportistas, caminhantes de bolsa recheada ou vazia e de "pé calçado ou descalço", turistas e peregrinos a caminho de Fátima).
Acontece que, caminhando pela esquerda e de frente para o trânsito, estes peregrinos, em senso lato ou figurado, terão de atravessar a ponte dos arcos pelo passeio a sul da mesma.
Convido todos os que me dão o prazer de visitar este humilde espaço, que observem as fotos juntas, com delicada e suave atenção, para atentarem na falta de senso de quem terá obrigação de pensar estas coisas e, decisivamente, deve andar distraído, quiça, com coisas mais importantes ou menos comesinhas.
Na primeira foto em cima à direita, os caminhantes na sua aproximação à ponte dos arcos já caminham em plena faixa lateral de abrandamento sem protecção metálica entre si e trânsito rodoviário.
Nas 2.ª e 3.ª fotos à direita têm duas opções; viram à esquerda (mais seguro) para a derivação à morraceira ou vão em frente ( opção perigosa) e entram na própria faixa de rodagem.
Nas 4.ª e 5.ª fotos, qualquer que tenha sido a opção tomada anteriormente, não existe acesso ao passeio sul da ponte dos arcos (observem o talude nas fotos) e terão de caminhar pela faixa de rodagem.
Chegados lá acima, à ponte, toca a galgar a protecção metálica (ditas baias) para finalmente acederem ao abençoado, mas suado, passeio pedonal.
Não pensem que é tudo.
Ao alcançarem a outra margem (juro que não há aqui, para além da amizade, qualquer conotação blogueira), os caminhantes encontram ainda maiores dificuldades, pois o talude não permite o pedoneio e a eventual queda será directa para as águas do portinho da gala. (6.ª, 7.ª e 8.ª fotos)
Sim senhor, bem vista a exigência feita à entidade executante da obra da ponte, para reordenar os taludes "pescando" as pedras e calhaus que invadiram a área de ancoradouro do portinho aquando da obra.
Não se deve é esquecer do necessário e seguro caminho pedonal.
Umas escadas ou rampa (8.ª foto), permitirá que os peregrinos, em segurança, na calçada do portinho, passem sob a via rápida e finalmente cheguem ao largo do rio, onde anual e normalmente a Cruz Vermelha Portuguesa instala os seus ansiados e relaxantes serviços de apoio aos peregrinos.
E, não é que, afinal, tudo vem a propósito e, sem ser de propósito, ninguém terá necessidade de colocar a vida em risco ao circular pelas faixas de rodagem, galgar baias de protecção e atravessar rotundas instaladas em vias de dupla circulação?
Senhores, presidentes, se o texto for fastidioso porque extenso, ...digam.
Sempre se poderá colocar uns desenhos nas fotos para melhor compreensão.
Sr. presidente, penso que da Câmara, não lhe deis tanta dor.
Mande rectificar o que carece ser rectificado e, assim, permita a obrigatória e segura continuidade de marcha a quem marchar quiser por prazer, por turismo, por necessidade de saúde, ou monetária (atente nos tempos que correm) e a peregrinar por fé.
Não permitais que saltem protecções metálicas, atravessem perigosamente vias rodoviárias, rotundas, ou resvalem e tombem desamparados por barreiras e taludes de terra e pedra.