A ponte e os peões (cont. 3)
As imagens seguintes são partilhadas com um pedido de esforço de atenção para o que, há algum tempo, foi tratado aqui, aqui e, também aqui.
O jovem e bonito casal caminhava a bom ritmo ... mas pela via de rodagem com as viaturas a circularem em aproximação pelas suas costas.
Foi então que entabulámos o seguinte diálogo:
- Bom dia! - digo eu sorrindo e mostrando a máquina fotográfica.
- Bom dia! - respondem-me algo intrigados, suados, mas simpáticos e bem dispostos.
- Como devem ter reparado acabei de lhes tirar duas ou três fotos.- e, apontando para a faixa de rodagem, continuei:
- Deu para notar que caminhavam em plena faixa de rodagem e estas fotos, se me derem a devida autorização, servirão para tentar sensibizar quem de direito para a situação anómala de esta ponte não ter a devida continuidade de mobilidade, em segurança para peões e caminhantes como vós.
Respondem-me prontamente e acenando afirmativamente:
- Esteja à vontade, achamos muito bem! - e, olhando um para o outro cúmplices, continuam:
- Lá atrás, antes de chegarmos à ponte grande, informaram-nos para caminharmos pela direita por causa da ligação à ponte nova e às rotundas.
- Achámos estranho, mas seguimos o conselho. Agora já começamos a entender - é que não há passeios.
- Pois é, - disse eu - se fossem pela esquerda como recomendam as regras do pedoneio, ainda seria pior. - e, apontando para o outro lado da estrada, continuo;
- Por aquele lado não teriam passeios, nem antes nem depois da ponte dos arcos e, lá adiante, teriam que galgar as baias e atravessar a via de rodagem, que seria deveras perigoso.
Olham à volta, assentindo e sorrindo respondem.
- Pois é, ... são as obras que temos, paciência.
- Desculpem esta interrupção do vosso ritmo de caminhada. - digo eu afastando-me um pouco para que retomássem a marcha.
- Boa caminhada e aproveitem bem que está um dia esplendido!
- Obrigado, - respondem quase em uníssono.
E retomam a sua caminhada.
Olha!!!
Afinal tiveram, na mesma, de galgar as baias de protecção.
Ele, que tem a perna mais longa ... porque, ela, mais pequenina, lá continua a caminhar sem protecção.
Á consideração de quem de direito!