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Cova d'oiro

... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego. Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira

Cova d'oiro

... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego. Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira

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Humanidade, globalização ... reflexão?

Recebi de um amigo, partilho-o. 

 

O texto a seguir é uma obra de ficção, mas seu conteúdo é de certa forma atual que merece ser lido e divulgado.

O chefe Guaicaipuro existiu há cerca de quinhentos anos, “Cuatemoc” foi incluído agora pelo autor do texto.

O autor da história é Luis Britto García (foto), que o publicou em 6 de outubro de 2003, para marcar o Dia da Resistência Indígena (12 de outubro), sob o título de: “Guaicaipuro Cuatemoc cobra Dívida da Europa.

 

 

 Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de ascendência indígena, sobre o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Europeia.  

 "Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" há 500...

O irmão europeu da alfândega pediu-me um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram.

O irmão financeiro europeu pede ao meu país o pagamento, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse.

Outro irmão europeu explica-me que toda a dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros, sem lhes pedir consentimento.

Eu também posso reclamar pagamento e juros.

Consta no "Arquivo da Companhia das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos de 1503 a 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.       

Teria aquilo sido um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento!    

Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.      

Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a actual civilização europeia se devem à inundação dos metais preciosos tirados das Américas.

Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas uma indemnização por perdas e danos.

Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva. 

     
Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra e de outras conquistas da civilização.

Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?

Não. No aspecto estratégico, delapidaram-nos nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias outras formas de extermínio mútuo.

No aspecto financeiro, foram incapazes - depois de uma moratória de 500 anos - tanto de amortizar capital e juros, como de se tornarem independentes das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo. 


Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar, o que nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos para cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.

Limitar-nos-emos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, concedendo-lhes 200 anos de bónus. Feitas as contas a partir desta base e aplicando a fórmula europeia de juros compostos, concluimos, e disso informamos os nossos descobridores, que nos devem não os 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, mas aqueles valores elevados à potência de 300, número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.

Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?  


Admitir que a Europa, em meio milénio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para estes módicos juros, seria admitir o seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.

Tais questões metafísicas, desde já, não nos inquietam a nós, índios da América.

Porém, exigimos a assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente na obrigação do pagamento da dívida, sob pena de privatização ou conversão da Europa, de forma tal, que seja possível um processo de entrega de terras, como primeira prestação de dívida histórica..."  


***

Quando terminou o discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Europeia, Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a verdadeira Dívida Externa... 

 

Pescadores de bacalhau da Cova-Gala (01).

 

Aproxima-se o dia em que a merecida homenagem ao homem do mar da Cova-Gala, personificado na figura do pescador de bacalhau à linha, vai ter lugar.
Será, decerto, um Bom Dia.
Apesar de o motivo e o modelo escolhido, que não a idéia, ser fruto de névoas e brumas escusas de pelágicas desconfianças, ao invés da clara participação na escolha, aberta e universal onde todos os covagalenses interessados pudessem ter tido legítimo lugar ... vai ser um Bom Dia!
Mesmo que a estética do elemento escultórico escolhido seja, mais assim, ou mais assado, será SEMPRE um bom dia.
Mesmo que os eleitos, eventualmente, não consigam libertar-se das grilhetas da presunção e dos pressupostos politicos, será sempre um BOM DIA!
E, aqui, na COVA-GALA,
- povoado que proclama bem alto a sua identidade assente em raízes da Cova, da Gala, do mar que nos banha e de todo esse, outro mar, onde os seus homens consolidaram uma história de trabalho e de grandeza -
esta homenagem ganha uma legitimidade ímpar.
A cidadania e a sintonia com estes valores faz-nos querer participar, tentando ajudar a entender as "grilhetas da presunção e dos pressupostos politicos", quando a mesma é rasteira, conforme assistimos há um mês, em Lavos, e, a um outro tempo, enaltecer a legitima e verdadeira homenagem a ter lugar na Cova-Gala.
Com a preciosa ajuda do Museu Marítimo de Ilhavo é possivel provar que a grande, a esmagadora maioria dos pescadores de bacalhau nascidos em Lavos, são oriundos e naturais da Cova e da Gala.

Começamos, hoje, a publicar as cédulas maritimas dos nossos antepassados.
Por razões de "peso digital" somos obrigados a dividi-las em várias apresentações.
Hoje, a primeira, por ordem alfabética.

 

 

Caravela Sagres St MManuela e Creoula

João Pita

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