... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego.
Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira
... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego.
Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira
Aproxima-se o dia em que a merecida homenagem ao homem do mar da Cova-Gala, personificado na figura do pescador de bacalhau à linha, vai ter lugar. Será, decerto, um Bom Dia. Apesar de o motivo e o modelo escolhido, que não a idéia, ser fruto de névoas e brumas escusas de pelágicas desconfianças, ao invés da clara participação na escolha, aberta e universal onde todos os covagalenses interessados pudessem ter tido legítimo lugar ... vai ser um Bom Dia! Mesmo que a estética do elemento escultórico escolhido seja, mais assim, ou mais assado, será SEMPRE um bom dia. Mesmo que os eleitos, eventualmente, não consigam libertar-se das grilhetas da presunção e dos pressupostos politicos, será sempre um BOM DIA! E, aqui, na COVA-GALA, - povoado que proclama bem alto a sua identidade assente em raízes da Cova, da Gala, do mar que nos banha e de todo esse, outro mar, onde os seus homens consolidaram uma história de trabalho e de grandeza - esta homenagem ganha uma legitimidade ímpar. A cidadania e a sintonia com estes valores faz-nos querer participar, tentando ajudar a entender as "grilhetas da presunção e dos pressupostos politicos", quando a mesma é rasteira, conforme assistimos há um mês, em Lavos, e, a um outro tempo, enaltecer a legitima e verdadeira homenagem a ter lugar na Cova-Gala. Com a preciosa ajuda do Museu Marítimo de Ilhavo é possivel provar que a grande, a esmagadora maioria dos pescadores de bacalhau nascidos em Lavos, são oriundos e naturais da Cova e da Gala.
Começamos, hoje, a publicar as cédulas maritimas dos nossos antepassados. Por razões de "peso digital" somos obrigados a dividi-las em várias apresentações. Hoje, a primeira, por ordem alfabética.
The crops are all in and the peaches are rotting The oranges are packed in the creosote dumps They're flying you back to the Mexico border To pay all your money to wade back again
Goodbye to my Juan, goodbye Rosalita Adios mis amigos, Jesus y Maria You won't have a name when you ride the big airplane All they will call you will be deportees
My father's own father, he waded that river They took all the money he made in his life My brothers and sisters come working the fruit trees They rode the big trucks till they lay down and die
Goodbye to my Juan, goodbye Rosalita Adios mis amigos, Jesus y Maria You won't have a name when you ride the big airplane All they will call you will be deportees
The skyplane caught fire over Los Gatos Canyon A fireball of lightning, and it shook all the hills Who are these comrades that died like the dry leaves The radio tells me they're just deportees
We died in your hills and we died in your deserts We died in your valleys we died on your plains We died 'neath your trees and we died in your bushes Both sides of the river we died just the same
Goodbye to my Juan, goodbye Rosalita Adios mis amigos, Jesus y Maria You won't have a name when you ride the big airplane All they will call you will be deportees
Is this the best way we can grow our big orchards Is this the best way we can grow our good fruit To fall like dry leaves and rot on the top soil and be called by no name except "deportee"
Goodbye to my Juan, goodbye Rosalita Adios mis amigos, Jesus y Maria You won't have a name when you ride the big airplane All they will call you will be deportees
... é dificil nos tempos que correm, mas é possível!
Na organização politica administrativa ... as freguesias elevam-se a concelhos, a municípios.
não é dificil ... e, é bem possivel se a conjuntura (politica) for favorável!
No povoamento e organização do território existem os ... casais, lugares, as aldeias, vilas, cidades ...
Quando tudo decorre normalmente e não há lugar à incompetência ... os povoados, as aldeias elevam-se a VILAS.
A lei é clara: n.º 11/82 de 02 de Junho.
É só ler!
Quase me esquecia do mais importante ... a freguesia de S. PEDRO é composta por dois povoados originais: A Cova e a Gala.
Estes dois povoados uniram-se com o passar dos tempos e ... o povo adoptou, com amor fraternal, uma forma, um USO e um COSTUME de chamar a essa união: COVA-GALA.
... Outra coisa importante é o facto de, os eleitos locais não serem mais do que fiéis depositários e guardiões da génese, história, cultura e identidade dos povos que os elegem.
E o local destinado a essa nobre função é ..neste caso, a ASSEMBLEIA DE FREGUESIA. Nenhum dos eleitos se deve demitir dessa nobre função!
O Topónimo COVA-GALA tem de fazer parte do novo nome da nova VILA.
Por razões históricas e de respeito pelo povo a que pertencemos e... nunca para fazer a vontade a qualquer vontade menos esclarecida!
Peço desculpa pela forma, mas o conteúdo é dirigido só a alguns ... os outros, não precisarão.
A estes, peço desculpa pela forma.
Apesar deste arrazoado todo, eu defendo a elevação do povoado Cova-Gala a Vila e,... já lá vão uns bons dez anos!
Por mail e gentilmente recebemos do Sr. José Vidal, Presidente da Assembleia Geral de Sócios do Grupo Desportivo Cova-Gala, o Relatório do Exercício de 2008/2009, que vai estar presente para aprovação na próxima Assembleia Geral a realizar em 13 de Junho pelas 15 horas.
O passado dia 10 de Junho, dia de Portugal, passei-o em Santarém.
Decidi fazê-lo por, de entre outras coisas, ser ali a homenagem ao capitão de Abril, Salgueiro Maia.
De entre as outras contava o facto de poder almoçar em Almeirim, ali a dois passos, e saborear a sua famosa sopa da pedra.
Outra, poder visitar a famosa Feira da Agricultura de Santarém.
E é aqui que reside a razão de ser deste post.
Ao passar pelos diversos stands de exposição das variadas raças autóctones deste portugal dei comigo a pensar nas analogias sempre depreciativas que, nós humanos, fazemos.
Parei em frente ao carneiro. Animal vulgar, comum, de olhar meigo e doce e representativo de mamiferos ruminantes da família dos bovideos.
Que raio de analogia fazemos quando alguém é apodado de "CARNEIRO" ?
Porquê a "CARNEIRADA" , quando pretendemos adjectivar gente servil, amorfa, seguidora e acéfala?
Continuando pelos bovídeos e apreciando as raças autóctones presentes, de entre as quais se destacavam a Marinhoa e a Barrosã, dou de caras com um espécime.
Gordo, cornudo e cornúpeto, barrigudo, avaro de comida e bebida, ruminando e grunhindo continuadamente algo, quase, inaudível.
Com destino traçado à partida, o açougue, imaginemos que, enquanto espera, tem dor de corno.
Dor de corno, não!
Neste caso dor do corno.
A forma com olha para o feno do vizinho denuncia ser invejoso.
Está com inveja do outro, o animal!
Arre que é demais!
Ter dor no corno, invejar o parceiro do lado, o que, por si só, faz com que a dor no corno passe a ... dor de corno. Que destino fodido (perdoem-me a libertinagem da expressão).
Saber que mais cedo ou mais tarde será pasto gastronómico - melhor dizendo, entregará a alma ao criador (os bovídeos terão alma?) - e, no entretanto, ter dor de corno por ser invejoso é um destino mais que fodido ... é refodido!
Deixemos os animais ruminantes, que o sol já vai alto no céu azul e quente.
Sigamos, que o dia está lindo e, à nossa frente, já se sente a maresia.
Parabéns a todos os atletas e dirigentes do Grupo Desportivo Cova-Gala.
Canta: Sónia Pinto
POR UMA FRATERNA UNIÃO é o lema e o
Sonho da criação que dimensiona o GDCG muito para além de um mero clube de futebol...
Cova-Gala Gala e Cova, Cova e Gala Uma fraterna união O Grupo Desportivo Cova-Gala Vem de um sonho antigo de união, De amizade e tradição.
A mocidade do mar da Cova, A juventude do rio da Gala Uniram-se no Grupo desportivo Cova-Gala E a fraterna União surgiu com alma nova.
À espuma do mar, dos sonhos e ao céu Vestem branco e azul,… sua cor. Na força das ondas temperam seu valor Com valentia conquistam mais um troféu
No campo do Cabedelo, mesmo junto à praia Galgam escolhos ganham lutas buscam glória Com a alegria de seus avós na pesca da raia Batalham, não desistem, até à vitória! ...
Há muito, muito tempo as mulheres deste povo, passados seis meses de viagem dos seus homens, na pesca do bacalhau, tinham o costume de ir à praia do cabedelo olhar o horizonte, tentanto vislumbrar uma vela que anunciasse o seu regresso.
Era assim, vestidas de negro, ano após ano, na espera incessante de seus maridos e filhos.
Um dia destes um jovem amigo, com quem partilho o gosto de ouvir Pedro Barroso, disse-me que esta lindíssima canção lhe trazia à memória a sua saudosa avó.
É verdade. Este belo poema evoca aqueles cabelos brancos da nossa infância, os olhos meigos que nos olhavam nos momentos de maior fraqueza e nos perguntava:
- Que é menino, que tens?
- Anda cá à avó, anda!
No aconchego de seu colo passava a mão pelos nossos cabelos rebeldes, uma e outra vez, murmurando:
- Pronto, pronto já passou!
- Vai lá que isso não é nada!
E lá partíamos correndo desbravando esse mundo inteiro que se abria à nossa frente.
Divido por todos nós e por todas as rugas e cabelos brancos das nossas infâncias, a música e a voz deste trovador de Portugal, Pedro Barroso.
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) E cruzo os braços, E nunca vou por ali...
A minha glória é esta: Criar desumanidade! Não acompanhar ninguém. - Que eu vivo com o mesmo sem-vontade Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos, Redemoinhar aos ventos, Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi Só para desflorar florestas virgens, E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem Para eu derrubar os meus obstáculos?... Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós, E vós amais o que é fácil! Eu amo o Longe e a Miragem, Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas, Tendes jardins, tendes canteiros, Tendes pátria, tendes tectos, E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios... Eu tenho a minha Loucura ! Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura, E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém. Todos tiveram pai, todos tiveram mãe; Mas eu, que nunca principio nem acabo, Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções! Ninguém me peça definições! Ninguém me diga: "vem por aqui"! A minha vida é um vendaval que se soltou. É uma onda que se alevantou. É um átomo a mais que se animou... Não sei por onde vou, Não sei para onde vou - Sei que não vou por aí!
José Régio, pseudônimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde em 1901. Licenciado em Letras em Coimbra, ensinou durante mais de 30 anos no Liceu de Portalegre. Foi um dos fundadores da revista "Presença", e o seu principal animador. Romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico, foi, no entanto, como poeta. que primeiramente se impôs e a mais larga audiência depois atingiu. Com o livro de estréia — "Poemas de Deus e do Diabo" (1925) — apresentou quase todo o elenco dos temas que viria a desenvolver nas obras posteriores: os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.
Estas fotos foram tiradas na Gafanha da Encarnação.
Terra de pescadores, nossos antepassados, de onde, aliás, somos oriundos.
Toda aquela região da Ria de Aveiro comporta vários e dispersos portinhos de pescadores, em tudo idênticos ao que temos na Gala.
Tudo perfeitamente definido, bem planificado e ordenado.
Alguns estão situados paredes meias com modernas marinas de recreio.
De um lado, o recreio com todas as suas valências técnicas, desportivas e de comércio, do outro, a pesca tradicional, os botes e bateiras devidamente ancorados e apoiados com necessários guinchos de carga, rampas de acesso e pelos armazéns de apetrechos de pesca.
Enquadrados por amplas áreas ajardinadas, servidas por arruamentos, parques de estacionamento e vias de pedoneio.
...
Inicialmente pensava que a tipologia destes armazéns era única e uma só por todo o litoral português.
Começo a ter dúvidas.
Os que estão a ser erigidos no portinho da Gala, espero estar enganado, aparentam ser verdadeiros e "polivalentes" armazéns.