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Cova d'oiro

... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego. Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira

Cova d'oiro

... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego. Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira

corda01

Keita ... o elogio

 

"Na hora da despedida, o treinador de futebol Guardiola deixou algumas palavras aos seus jogadores.
  ... fez ainda uma revelação curiosa, em relação a um dos seus pupilos:

 Lembrei-me muito de Keita, que foi o meu barómetro, o meu termómetro moral e ético, durante este tempo.
A cada decisão que tomava olhava para ele e, em função de como ele me olhasse ou questionasse, sabia se tinha feito bem as coisas ou não.

Conheci poucas pessoas com a sua integridade, com a sua riqueza humana.»

 

 

Neste mundo do futebol, de altissima competição, onde tudo é puxado ao limite - os índices fisicos, a resistência fisica e psiquica, o exacerbar de sentimentos e a teatralização de gestos e acções, da sujeição aos interesses financeiros - eis a humildade de um homem de sucesso no gesto nobre de elogiar um seu semelhante.

 

Gostei!

 

 

Aleluia, aleluia, aleluia!

Aleluia!

Para alguns é uma expressão de origem hebraica que significa; louvado seja Deus!

Para outros, muitos outros, suportados pelo dicionário de Lingua Portuguesa da Porto Editora, o seu significado é:

_ s. f. palavra de origem hebraica que significa: Louvai o Senhor, exclamação de regozijo ...

Toda a gente sabe que ter regozijo, i. e., regozijar, i.e.,  rejubilar... é o sentimento de uma enorme alegria, um júbilo intenso e verdadeiro que, porventura, explode quando exclamado ... ALELUIA!

ALELUIA!

Foi o que exclamei, hoje, quando vi o seguinte;

 

o seguinte ...

e o seguinte ...

 

... Depoi de, para tristeza nossa, de profissionais, de utentes, de doentes e de acompanhantes nos habituarmos a ver isto, ao longo dos ultimos dois anos e meio sem que nada, lógico ou racional, o justificasse:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ALELUIA!

 

O que está por detrás deste percurso de dois anos e meio de inconsequências, de  incongruências e de ... (gestão de quintinhas várias, entendem?), agora ... não importa nada!

O que importa, AGORA, é dar os parabéns à Junta de Freguesia de S. Pedro que, ao fim de muito tempo, a destempo, mas por fim ... coloca as mãos na massa!

 

ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA!

 

(tinha sido tão fácil ...)

 

o que não poupávamos se Portugal tivesse mar.


 Vale a pena ler ...

"Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores portugueses."

Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez porque, esta semana, tive a oportunidade de verificar que a... zona de frescos dos supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco. Uma ONU do ultra-congelado. Eu explico.

Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia, sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea do Haiti? Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais viajado que nós.

Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio do Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a mais de 2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a água é quente, se tem irmãs, etc.

Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao supermercado comprar duas cabeças de pescada, não tem de sentir que não conhece o mundo. Não é saudável ter inveja de uma gamba. Uma dona de casa vai fazer compras e fica a chorar junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão feliz na lua-de-mel em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz.

E é desagradável constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais quilómetros para ali chegar que os que vamos fazer durante todo o ano. Há quem acabe por levar peixe-espada do Quénia só para ter alguém interessante e viajado lá em casa. Eu vi perca egípcia em Telheiras? fica estranho. Perca egípcia soa a Hercule Poirot e Morte no Nilo. A minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece que está num supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das compras. Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.

Deixei para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo marroquino, assim às claras. Eu não consigo perguntar: "tem polvo marroquino?", sem olhar à volta a ver se vem lá polícia. "Queria quinhentos de polvo marroquino" - tem de ser dito em voz mais baixa e rouca. Acabei por optar por robalo de Chernobyl para o almoço. Não há nada como umas postinhas de robalo de Chernobyl.

Eu, às vezes penso: o que não poupávamos se Portugal tivesse mar.
 

 
Da crónica de João Quadros no Negócio On-Line
 
 
Caravela Sagres St MManuela e Creoula

João Pita

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