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Cova d'oiro

... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego. Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira

Cova d'oiro

... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego. Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira

corda01

Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

  

 

 A principio é simples, anda-se sozinho
 passa-se nas ruas bem devagarinho
 está-se bem no silêncio e no borborinho
 bebe-se as certezas num copo de vinho
 e vem-nos à memória uma frase batida
 hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
 
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
 dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
 diz-se do passado, que está moribundo
 bebe-se o alento num copo sem fundo
 e vem-nos à memória uma frase batida
 hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
 
E é então que amigos nos oferecem leito
 entra-se cansado e sai-se refeito
 luta-se por tudo o que se leva a peito
 bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
 e vem-nos à memória uma frase batida
 hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
 
Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
 olha-se para dentro e já pouco sobeja
 pede-se o descanso, por curto que seja
 apagam-se dúvidas num mar de cerveja
 e vem-nos à memória uma frase batida
 hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
 
Enfim duma escolha faz-se um desafio
 enfrenta-se a vida de fio a pavio
 navega-se sem mar, sem vela ou navio
 bebe-se a coragem até dum copo vazio
 e vem-nos à memória uma frase batida
 hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
 
E entretanto o tempo fez cinza da brasa
 e outra maré cheia virá da maré vaza
 nasce um novo dia e no braço outra asa
 brinda-se aos amores com o vinho da casa
 e vem-nos à memória uma frase batida
 hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

 

Sergio Godinho

 

 

A sopa dos pobres

 

Estávamos em 1943 em plena grande guerra.
A Europa cansada e moribunda em consequência de ódios antigos, ânsias de hegemonia e poder.
Neste cantinho imperava o desemprego, o medo, o racionamento, a miséria e a fome.
Povo cabisbaixo, vencido e resignado, entregue a um destino sem sentido e esventrado na sua dignidade humana.

Valia o altruísmo de alguns a quem doía a visão da fome e da miséria.

Estávamos em 1943 em plena Cova num local que alguns ainda reconhecerão.
Hoje, outros, infelizmente, reconhecerão o mesmo olhar, a mesma resignação que não se devia repetir.

 

 

Livro

 

“ … O amanhecer apenas se distingue do anoitecer por aquilo que o antecedeu e pela sucessão que lhe imaginamos, o antes e o depois. Agradeço-te por teres aceitado que este livro se transformasse em ti e pela generosidade de te teres transformado nele, agradeço-te pela claridade que entra por esta janela e por tudo aquilo que me constitui, agradeço-te por me teres deixado existir, agradeço-te por me teres trazido à última página e por seguires comigo até à última palavra. Sim, tu e eu sabemos, isto: . Insignificância, pedaço de nada, interior da letra Ó. Mas isso será daqui a pouco. Por enquanto, aproveitemos, ainda estamos aqui.”

 

Obrigado eu, José Luís Peixoto!

 

 

Caravela Sagres St MManuela e Creoula

João Pita

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