Sem à dita de Aquiles ter Inveja!
"... que Alexandre em vós se veja,
sem à dita de Aquiles ter inveja!"
Sim, é verdade, é isso aí.
Nem mais!
São as duas últimas estrofes de Os Lusíadas.
E porque raio de acaso ou propósito o Grande Luis de Camões teria escolhido a palavra inveja para terminar a sua tão grande obra?
Eu sei lá.
Pergunto-vos!
Vós sabeis?
Duvido, ou talvez não, se calhar até sabem ou calculam, ou por ex.; têm um "supônhamos".
Suponhamos então que o Camões tinha razão. Havia e ainda hoje há muito invejoso por aí.
Eles pululam em tudo quanto é sitio, local, família, profissão, classe, casta, elite, religião, credo polititico e ou religioso.
Resumindo; ele, o invejoso, pulula aqui e ali e aí também, pois então. O que é que pensa? Que escapava?
Não, não escapa não!
O invejoso está em todo o lado.
Invejoso que se preze é invejoso e ponto final.
Não tem explicação!
Vai ao ponto de ter inveja de si próprio.
Ah, o quê! Esta a rir-se. Não acredita?
Ai não?
O quê, ainda não reparou e analisou o invejoso olhando para a sua própria sombra?
Ele pára, olha a própria sombra e exclama invejoso:
- Porra pá! Porque é que tu cresces enquanto o sol orbita e eu não? Mas quem pensas tu que és ó sombra?
Não tens nada de crescer sem eu crescer também!
Ouviste?
Só cresces se eu crescer!!!
Não tens nada que crescer! Eu sim, que te dou forma, eu é que mereço crescer e tu não!
Se calhar exagero, mas sei que todos nós temos aquele amigo invejoso, um pouco ou mais ou menos invejoso, mas invejoso afinal.
E ao contrário do que pensam, não o devemos hostilizar ou afastar. Ao invés, temos de continuar e a fomentar essa amizade.
A inveja só mal faz ao próprio invejoso e aos amigos que ele tem.
Não ao amigo que nós somos!