A banca, o lucro. E nós?
Os bancos, de uma forma geral, são instituições fundamentais a uma sociedade aberta como a nossa.
O seu negócio é o dinheiro, o custo do dinheiro, o valor do dinheiro, as transacções do dinheiro e seus derivados, e o suporte e garantia de vitalidade financeira às estruturas produtivas e familiares da mesma sociedade.
Se assim não for, é legitimo questionar a razão da sua existência.
Triste sociedade a nossa que permite a convivência de milhões de lucro na banca enquanto pulula o desemprego, a desvalorização do Trabalho, o empobrecimento das pessoas, das familias e a fome.
Triste sociedade a nossa que continua a dar desmesurado valor ao acessório, permitindo que se olvide ou despreze o importante.
E o importante são as pessoas e a sua acção vital à sociedade, qualquer sociedade.
Ou seja, o trabalho, o trabalho produtivo nas suas milhentas variantes.
A noticia não devia ser os milhões de lucro de um qualquer banco.
A noticia devia ser, já é mais que tempo de o dever ser, o aumento do emprego, maior investimento visando o aumento do trabalho.
Mesmo à custa de algum lucro da banca.
Já é tempo.