Reflexão
Tempos novos … tempos velhos
Fiz um comentário numa página de um amigo que, acho, deve ser publicado aqui.
Zé, amigo, tu sabes o que penso em relação a este tipo. Há já muito tempo que existe uma pequeníssima parte da população que quer mudar isto tudo. Eles estão apostados em mostrar que este regime democrático, pluralista e contributivo é um erro e que é preciso mudar.
Quem são eles?
1 -Eles são pequenos extratos da sociedade que inclui pequenos e grandes empresários sem escrúpulos para os quais o cumprimento de regras e leis é um empecilho aos seus intentos.
2 - Eles são, alguns poucos, antigos retornados ressabiados que nunca perdoaram a perda das mordomias e poder absoluto, sobre as coisas e as vidas, que tinham nas antigas colonias.
3 - Eles são algumas, pouquíssimas, das antigas fidalguias e de "casta superior" que se sentem mal com esta coisa de sermos todos iguais.
4 - Eles são os, pouquíssimos, descendentes de algum tipo de poder, ortodoxos do sentido de pátria, racistas, xenófobos e afins.
5 - E, ainda, alguns ex-todos poderosos que, por ínvia ação. foram condenados e escorraçados e esperam desesperadamente demonstrar que a vingança se serve fria, muito fria.
Ao longo dos tempo esta maltosa (são pouquíssimos, mas não penses que lhes faltam meios) foi-se organizando , mais ou menos anonima e sub-repticiamente foram moldando, em termos de mentalidade, um "exército".
Quem é esse exército?
Alguns elementos mais radicais e extremistas que pululam onde?
Em algumas franjas das forças armadas, das forças policiais, forças de intervenção, em alguns ginásios que cultivam esta mentalidade, algum tipo de agentes de segurança privada, algum tipo de motards mais radicais, no seio de algumas claques desportivas e, também, no seio de alguma politica mais frustrada de extrema direita que, desanimada, procura novos protagonismos.
Do que é que eles necessitavam para corporizar esta ideia em formato politico?
Simples, um líder!
Um líder facilmente manipulável que tivesse palco, de verbo desbocado, ressabiado e de personalidade exaltada e compulsiva. Ora, chegados aqui, eles sentem estar neste patamar: Têm "família" propositora, têm "exército", sentem ter já alguma simpatia em meios de comunicação necrófaga e de terra queimada e têm, ou julgam ter, um líder, se bem que, ainda, com pequena representatividade.
Chegados a este ponto do que é que precisam mais?
Simples, Zé!
De ti, de mim e de todos nós que, tristes com alguma coisa menos boa que esta democracia comete, lhes vamos dando ouvidos.
Eles vão armar-se em mártires sempre que os atacarem, eles vão usar pequenos acontecimentos ampliando-os e exultando a necessidade de mudança. Eles vão usar tudo o que de bom se disser e, também o que de menos bom se disser. Tudo lhes vai servir de argumento para os seus desígnios, que são - NUNCA TE ESQUEÇAS - acabar com o que temos, A DEMOCRACIA PLURALISTA E CONTRIBUTIVA (onde a mentalidade deles não cabe) e transformá-la em um novo sistema de elite e de linhagem de ordem e de casta, racista, xenófobo, corporativista não democrático e não contributivo.
E como o vão fazer?
Simples, Zé!
Vão usar, melhor dizendo, já usam preferencialmente as REDES SOCIAIS, onde sabem não haver escrutínio nem contraditório, para seduzir e captar a tua, a minha, a nossa simpatia para a sua causa.
E que meios usam, Zé?
Vão usar as fake news sobre eles, que eles próprios fabricam, para que da discussão saiam sempre como mártires, sempre a ser atacados só por dizerem as "suas verdades". Vão inventar, manipular, distorcer e repetir, repetir á exaustão qualquer erro que aconteça, para surgirem como salvadores da pátria.
Sabes como podem ser derrotados?
É simples, Zé!
NÃO LHES PASSAR CARTÃO NENHUM, não lhes dar espaço nem protagonismo. IGNORAR tudo o que mencionar andré ventura e apaniguados, seja aqui, ali, ou além, em nenhum espaço e em momento algum devemos dar-lhe protagonismo.
Olha, cá por mim, já me vou vendo a bloquear alguém deste tipo, que me peça amizade, ou alguma página de promoção e propaganda que, por aqui vão aparecendo como por artes mágicas e parecendo espécies invasoras.
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Em plena pandemia, com todos os meios da nação portuguesa unidos, convocados e em prontidão, com sentido de sacrifício para minimizar o sofrimento das pessoas, a única forma que este ignóbil, que não faz nada, arranjou foi criticar em plena Assembleia da República o povo português e anunciar o extermínio da 3ª República.
Foi nojento!
Abraço e, estando atento, sempre atento, foi a última vez que falei sobre este tema.