Pescadores de Ílhavo
filme de arquivo da RTP
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filme de arquivo da RTP
Filme de arquivo da RTP de 1988
Faz hoje 64 anos que naufragou, ao largo dos Açores, o navio João Costa, da frota de pesca de bacalhau à linha da Figueira da Foz.
Muitos figueirenses e covagalenses, dos seus 73 tripulantes, foram protagonistas de tão trágico acontecimento.
Fica aqui em jeito de homenagem este simples tributo.
Carregue no PLAY e ouça a voz da Ana Margarida.
O navio-motor JOÃO COSTA tinha largado de Lisboa a 15 de Abril de 1952 rumo aos Bancos da Terra Nova e Gronelândia.
Era um barco construído em madeira nos Estaleiros Navais do Mondego, na Murraceira, em 1945. Tinha cerca de 48m e era propriedade da Sociedade de Pesca Luso-Brasileira, Lda., sediada na Figueira da Foz.
Com 73 homens de tripulação, naquela campanha e, usando o método da pesca de bacalhau à linha com um pescador num dóri, pescou, carregou e salgou - ao longo de 5 meses - 11.000 quintais de bacalhau.
Assim carregado, iniciou a viagem de regresso à Figueira da Foz, no dia 18 de Setembro de 1952.
Cinco dias depois o navio deixou de comunicar com Lisboa. Perderam-se todas as comunicações via rádio.
A 23 de Setembro, pelas 20h00, quando boa parte da tripulação confraternizava comemorando o aniversário do camarada Penicheiro sentiu-se uma explosão seguido de incêndio na casa das máquinas.
Nesse momento o JOÃO COSTA navegava a escassos três dias de ter o cabo Mondego à vista e os familiares na barra à sua espera.
Rapidamente se constatou ser o fogo incontrolável e foi célere a decisão de abandono, face ao perigo de novas explosões nos tanques de combustível.
Os pescadores abandonaram o navio distribuindo-se por 22 dóris e, por ali se deixaram ficar ligeiramente afastados, assistiram ao afundamento do navio que submergiu totalmente na manhã do dia 24.
Começou então a tragédia da tripulação, perdida no mar sem água, nem alimento.
O capitão, João José Silva Costa, determinou que os dóris se dividissem em dois grupos e com o auxilio de duas bússolas tentaram navegar rumo à ilha de S. Miguel, que sabia estar a escassas 60 milhas para sul.
Os homens nos dóris tentavam, por todos os meios manter-se agrupados. Mas, se durante o dia era relativamente fácil permanecerem juntos, navegando à vela, já o mesmo não acontecia durante a noite e era terrível a dor e frustração de constatar, no dealbar da primeira luz do dia, o desaparecimento de alguns camaradas afastados por ventos e correntes.
A sede era tanta e tão terrível. Só ao terceiro dia os náufragos conseguiram aproveitar água da chuva que caiu em abundância.
A 27 de Setembro quis o destino que o navio Americano COMPASS, por mero acaso, encontrasse e recolhesse 12 náufragos, transviados dos outros. Lançou de imediato o alarme a toda a navegação na área e, como rumava ao Mediterrâneo, decidiu continuar o seu rumo e deixar os náufragos na costa do Algarve em Lagos.
Esta noticia chegou rápido à Figueira, suavizando o sofrimento que o silêncio das comunicações provocara. - Já se tinham salvo 12 homens. Não se sabia a identidade dos salvados e a angustia continuava. 49 dos seus tripulantes eram figueirenses de Buarcos, Vila Verde, Cova-Gala.
Finalmente, a 30 de Setembro, a cidade da Figueira da Foz recebeu com júbilo a notícia oficial de terem sido salvos todos os tripulantes do navio-motor JOÃO COSTA.
35 náufragos foram recolhidos pelo navio STEEL EXECUTIVE, logo seguido pelo HENRIETTE SCHULTE, que salvou os restantes 27 homens.
Desembarcaram todos em Ponta Delgada, Açores.
E as pobres mulheres, pais, mães e filhos, que há dias lutavam com aquela horrível dúvida, deram largas à sua alegria, à qual se juntou toda a cidade festivamente.
Imagine-se a sua imensa alegria quando, passado alguns dias, puderam abraçar os seus familiares regressados sãos e salvos.
Traineira naufragou à entrada do porto da Figueira da Foz
Diziam os "velhos da praia", no topo do molhe do meio da praia do Cabedelo que, logo à saida da barra, se sentiram fortes vibrações.
A rápida inspeção à casa da Máquina mostrou entrada franca de água por uma tábua solta no costado.
Retorno de imediato à barra na tentativa de encalhar a "Vila de Buarcos" no Cabedelinho.
Não chegou lá.
Ficou sem propulsão e afundou-se no canal de navegação da barra da Figueira.
Felizmente salvaram-se todos os 17 tripulantes, dois dos quais da Cova-Gala; O Milton e o Naia.
À
vista restam as boias , a s redes e o s c a b o s q u e o b r i g a m a o e n c e r r a m e n t o d a b a r r a .
... continuação
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Documentário televisivo da viagem do arrastão bacalhoeiro, Sao Ruy, para uma das últimas campanhas de pesca do bacalhau.
Partida do Ginjal, às 17 horas de 19 de Junho de 1981, com destino à Terra Nova
Continua ...
Pesca do Bacalhau
Viagem do Santa Maria Manuela em 1966.
Porventura, identificaremos neste filme alguém familiar.
Titulo original, The Lonely Dorymen - Portugal's Men of the Sea.
Documentário realizado em 1968 pela National Geographic e filmado a bordo do Lugre bacalhoeiro, José Alberto, na viagem de 1967.
Partilhamos a sexta e última parte.
Titulo original, The Lonely Dorymen - Portugal's Men of the Sea.
Documentário realizado em 1968 pela National Geographic e filmado a bordo do Lugre bacalhoeiro, José Alberto, na viagem de 1967.
Partilhamos a quinta parte.
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